Actividades planificadas e não realizadas

1. Estava previsto que, com o apoio de um consultor externo, os 3 PS de Apoio ao Desenvolvimento de Organizações de Produtores fizessem uma análise situacional das Uniões nos respectivos Blocos para poder adoptar melhor abordagem de assistência e seleccionar as que devem receber apoio do PROMER. Esta actividade não foi implementada nos 3 Blocos originado pela incerteza da assinatura da Emenda ao Acordo de Financiamento para a atribuição dos fundos adicionais, que serão a fonte de financiamento para a realização da mesma actividade. A Emenda acabou por ser assinada por ambas as parte apenas em Dezembro, pelo que, a realização desta actividade foi adiada para 2018.
2. Estava previsto para o 2º Trimestre de 2017, a contratação de serviços de consultoria pelo PROMER, para realizar uma capacitação dos técnicos dos PS sobre a abordagem de "mentoring e coaching”. Por outro lado, o PMT iria também capacitar os técnicos dos PS de apoio as OPs, CRs e PMCs na elaboração de planos de negócios. A incerteza da recepção de fundos adicionais contribuiu para não a contratação de serviços de consultoria, não obstante os Técnicos do PMT, capacitaram os técnicos dos PS de apoio as OPs, CRs e PMCs em matérias de agronegócios (analise e desenvolvimento de cadeias de valor) como fundação para a elaboração e implementação de planos de negócios. Espera- se terminar este treinamento em 2018.

Colaboração com o PSP/PRONEA

3. Em 2013 foram assinados os Memorandos de Entendimento entre o PROMER e as DPAs para a contratação de 16 extensionistas para apoiar os Provedores de Serviço no trabalho com as Organizações de Produtores em matérias de ligações de mercado para as províncias de Niassa, Nampula e Zambézia e Cabo Delgado.
4. Durante o período em análise foram estabelecidos nos 3 Blocos 61 CDRs (27 no Bloco A, 22 no Bloco B e 12 no Bloco C), para as culturas de maior procura na região de implementação do Programa tais como Gergelim, Soja, Feijão Boer Arroz, F. Vulgar e Amendoim. Os CDRs Beneficiaram directamente 127 OPs envolvendo 2.439 membros dos quais 1.251 mulheres, como ilustra a tabela abaixo.
5. Importa referir que para a assistência dos CDRs, os 3 PS contam com os técnicos dos SDAEs, no âmbito do Memorando de Entendimento (MdE) entre o PROMER e as DPAs das 4 Províncias onde o programa é implementado.
6. Nos CDRs estabelecidos, os produtores tiveram oportunidade de aprender várias técnicas de produção das culturas seleccionadas com maior procura no mercado. Estas técnicas incluíram: preparação de solos, uso de semente melhorada, compassos, densidade, profundidade da sementeira, desbaste, re-sementeira, aplicação de fertilizantes e pesticidas e sessão pós-colheita (sinais de maturação, colheita e manuseio e secagem).
7. Durante as visitas de acompanhamento e gestão dos CDR’s foram registados como constrangimentos, o ataque de pragas, como é o caso dos térmites (micro-térmite). Esta praga, que foi identificada especificamente no CDR dos distritos de Montepuez, Balama, Namuno e Chiúre tem atacado as culturas de Feijão Boer e Milho, causando danos especificamente às raízes resultando na queda das plantas. Os produtores envolvidos nos CDRs beneficiaram de técnicas de produção apropriadas e viram o problema resolvido nos seus campos e de outros membros da comunidade que adoptaram as técnicas usadas nos CDRs.
8. A montagem de CDRs nos anos anteriores resultou no aumento de número de beneficiários apoiados pelo PROMER e outros não membros das OPs a adoptar a produção de culturas de rendimento tais como Gergelim, Feijões e Soja assim como a adoção de tecnologias melhoradas de produção.

Alfabetização funcional

9. A Alfabetização Funcional, centrada na educação de adulto, tem como objectivo fundamental, dotar os membros das OP’s com conhecimentos básicos de numeracia e literacia com vista a facilitar os registos, leituras de balanças, contagens, entre outros, durante actividades de ligação de mercados.
10. No seguimento de uma das recomendações da missão de supervisão do IFAD em Outubro de 2012, foi feito o ajuste no programa de alfabetização de 3 para 1 ano, através de um contrato com a UATAF. Este ajuste implicou que tanto os alfabetizandos que em 2012 fizeram o 1º ano do programa de 3 anos, como os alfabetizandos das OPs do 2º ciclo (2013) fossem inscritos no novo programa de alfabetização. Este novo curriculum de alfabetização decorreu nos Blocos A e C, pois no Bloco B, apesar de todos os esforços do PS e do PROMER a Direcção Provincial de Educação não aprovou a redução do programa de alfabetização de 3 para 1 ano. Em 2014, iniciou o 2º ciclo de alfabetização funcional (3 módulos em 1 ano). Durante o processo de avaliação de meio-termo constatou-se que 1 ano de alfabetização funcional não era suficiente para os beneficiários ganharem os conhecimentos transmitidos durante as capacitações sobretudo no domínio de contratos e acesso a finanças e recomendou-se que para o caso do bloco B (Cabo Delgado) se introduzisse o ciclo de alfabetização de 3 anos e para o caso dos outros 2 blocos se introduzisse 1 ano adicional para os beneficiários que frequentaram a alfabetização com ciclo de 1 ano.
11. Em 2017, o programa apoiou um total de 138 centros correspondente a 6.031 alfabetizandos, dos quais 3.248 apoiados com fundos do IFAD e 2.783 apoiados com fundos da EU, como ilustra a tabela abaixo apresentada.

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